Caros Associados e respetivos Pescadores
Caros Pescadores Portugueses no Geral
Dirijo-me muito excecionalmente a todos por esta via, na qualidade de Delegado, por Inerência Estatutária, da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, no sentido de vos reportar a situação que designo de muito grave, ocorrida no passado dia 06 de julho. no decurso da alegada Assembleia Geral Eleitoral na sede da FPPD.
Faço-o desta forma excecional, porque não possuo outro meio de vos dar a conhecer, denunciar junto de todos os Pescadores Portugueses e também para fazer reverter uma situação de violação grosseira da Lei, e dos Estatutos e Regulamentos da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, praticada pelo senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Informo que este meu muito refletido ato, que não se limita a esta comunicação, é desde logo contrário a minha maneira de ser e estar na vida e sobretudo na pesca, mas é infelizmente, dentro das minhas possibilidades, a única atitude de momento, para que se impeça que uma Instituição com a importância e utilidade na Pesca Desportiva Portuguesa como é a FPPD, esteja “refém” e seja gerida no seu mais importante Órgão Social, a Assembleia Geral, por pessoas egocêntricas, incompetentes e mal formadas que, não respeitando as regras legais, na condução dos trabalhos de uma Assembleia Geral, impõe as suas próprias regras, decisões e atitudes, com a intenção única de atingir os seus obscuros objetivos e interesses.
Mais informo que até às 24 horas do passado dia 27 de agosto, aguardei que o senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral, corrigisse o teor falso da ata 148 e revertesse todas as decisões tomadas por ele, ilegalmente, naquela Assembleia Geral. A minha sugestão que implicitamente constava do meu requerimento enviado a 12 de agosto, não foi tida em linha de conta e recusada com uma desculpa esfarrapada, mas intencional, na medida em que, simplesmente ignorou, como vem ignorando desde 2020, todas as minhas chamadas de atenção e as dos Delegados da Assembleia Geral, fazendo uso daquele Órgão, como se de um bem pessoal se tratasse e onde tem feito imperar o posso, quero e mando.
O que, diga-se em abono da verdade, não me surpreende, dado que todas as minhas múltiplas reclamações e chamadas de atenção para as recorrentes violações grosseiras dos Estatutos e Regulamentos da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, feitas por escrito, nunca mereceram a atenção do referido senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral e ou obtiveram qualquer resposta fundamentada e esclarecedora.
Tendo em conta o estado a que chegou a gestão da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, agravado pelos factos aberrantes ocorridos no passado dia 6 de julho, e de forma a chegar ao conhecimento do maior número de Pescadores possível, agradeço a vossa divulgação e partilha destes documentos (que podem ser lidos e impressos ou enviados por e-mail, a partir da página de internet desta Associação, acedendo a ela através de arbpd.pt) de forma a despertar consciências, já que, contrariamente ao que alguns desinformados apregoam, a culpa do estado a que a Pesca Desportiva Portuguesa chegou, não é só de algumas Associações Regionais que têm no seu total onze votos dos trinta e três na Assembleia Geral.
Tendo esse facto em consideração, uma vez mais, me obrigo a alertar, que a culpa do atual estado de coisas é exclusivamente dos Pescadores, na medida em que, são os Pescadores que se candidatam e votam nos Órgãos Sociais Associativos e são os Pescadores que se candidatam e votam nos Delegados à Assembleia Geral da FPPD, ou antes, não se candidatam e não votam e os poucos que o fazem, ou não querem ou não conseguem impedir que a situação se modifique porque, os que o fazem com essa intenção, são numa minoria gritante.
Exemplo disso foi o que se passou no passado dia 17 de maio, quando tiveram lugar as eleições para os vinte e dois Delegados representantes de Clubes, Praticantes e Juízes da Assembleia Geral da FPPD.
Desta Associação Regional, candidataram-se três Pescadores, todos eles da área de Mar e, dos seus quase trezentos Pescadores, votaram sete, seis da área de mar que se deslocaram da Marinha Grande e Figueira da Foz a Coimbra, para exercerem o direito de voto e eu que me encontrava na mesa eleitoral.
É lamentável e surreal, mas é a grande realidade. A maior parte dos Pescadores Portugueses que na maioria só tem sentido critico nas redes sociais, “estão-se nas tintas” para tudo o que não seja pesca propriamente dita, permitindo que estas situações ocorram. Permitem que oportunisticamente sejam eleitos alguns Delegados “a pedido ou por encomenda” (estou só a adjetivar em paráfrase do senhor Messias Oliveira delegado à AG) de forma a darem cobertura aos Órgãos Sociais das tais Associações Regionais ou da FPPD, gritando depois como devotos de Santa Barbara, quando troveja.
Sob pena da Pesca Desportiva em Portugal vir a conhecer muito brevemente um grave e irreversível revés, apelo a todos os Pescadores que em vez de desistirem, se disponibilizem para manter a pesca de competição viva, mas participando também nos eventos de natureza diretiva quer como candidatos ou simples votantes.
Para finalizar, informo que, conhecendo o carater ou a falta dele, de alguns dos Dirigentes Federativos e de alguns Delegados, qualquer tentativa de conotação da minha pessoa com ideologias políticas, religiosas ou de interesses no Dirigismo da Pesca Desportiva Nacional, é abusiva e intelectualmente desonesta, motivo porque desde já a repudio totalmente, mas garantindo ser esse o lado para que a minha consciência dorme mais tranquilamente.
Informo ainda que no anterior mandato, 2020/2024, ilegalmente no meu entendimento pessoal embora não materialmente relevante, fiz parte do Órgão da Assembleia Geral como Secretário, cargo do qual me demiti por incompatibilidade das minhas funções de Presidente da Associação Regional das Beiras de Pesca Desportiva, após um conflito grave com a Direção da Federação.
Saudações desportivas.
José Carvalho
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